26/03/24

Dia do Livro Português


 26 Março - Dia do Livro Português

Burnout



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Ricardo Oliveira entrou para o Exercito aos 22 anos de idade. Foi seguindo a carreira militar com a especialidade de atirador e socorrista. "Houve um exercício muito importante que consistia em reunir elementos de todas as Forças Armadas europeias. Durava três semanas e eu tive de ir duas semanas antes, para ajudar a preparar tudo. Acabei por ficar lá mais de um mês. Nas primeiras duas semanas de preparação correu tudo de forma tranquila. No entanto, depois da primeira semana de exercício, comecei a sentir-me louco da cabeça. Estava no meio do mato. Dormia e fazia tudo lá. Começei a pirar da cabeça. Comecei a ser chato. Fazia partidas, de noite, porque não conseguia dormir. Um dia, descobriram que eu é que fazia aquilo. Repreenderam-me, mas eu continuei. O capitão acabou por me chamar e gritou comigo. Eu passei-me da cabeça. Discuti com ele, estava fora de mim e dei-lhe dois socos. Só queria bater-lhe mais. Foi uma descarga física e emocional. Qualquer pessoa que falasse comigo, eu reagia de forma agressiva. Só queria sair dali, mas não me queriam deixar ir embora. Roubei um camião e fugi. Quando cheguei à base, fiquei a dormir durante dois dias no veículo militar"
Hoje em dia, Ricardo tem 30 anos e não pertence a qualquer força de segurança. Sabe que a situação que passou é apelidada de burnout. A primeira pessoa a dizer-lho foi o capelão da base militar, na qual estava inserido. Foi o primeiro a conseguir chegar à fala com ele. "Só pensava em desaparecer dali. Pensei em dar um tiro na cabeça. Tinha muita raiva de todas as pessoas. Eu queria destruir aquilo. Bebi muito álcool. Mandei casas de banho portáteis para o chão. Eu nunca fui conflituoso, mas, naquelas semanas de exaustão, só fiz asneiras. Não tinha contacto com ninguém. Não tinha tabaco. Quando podia dormir, já não conseguia, tal era o desespero. Tremia por todos os lados. Chorava todos os dias. Cheguei a ir ao centro de saúde e ainda tomei uns medicamentos".

"O burnout define-se por uma situação de stress profissional prolongada. A pessoa sente-se incapacitada para desempenhar as tarefas quotidianas"

- Rosa Amaral, psicóloga clínica



Revista Cristina Julho 2019



tempo


Paula Rego artwork


 

Frederico Garcia Lorca


1898 - 1936






 

Club Makumba







Cara de Espelho


"Cara de Espelho" resulta do encontro de alguns dos nomes que marcaram a música portuguesa nos últimos anos: Deolinda, Ornatos Violeta, Gaiteiros de Lisboa, A Naifa, Humanos, entre outros.

O ponto de partida são as palavras e composições de Pedro da Silva Martins (autor e compositor de Deolinda, Ana Moura, António Zambujo, Lena d ìÁgua), às quais se associam as construções de instrumentos de Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa, José Afonso, Fausto, GAC), o baixo de Nuno Prata (Ornatos Violeta), as guitarras de Luís J Martins (Deolinda, António Zambujo, Cristina Branco) e as percussões de Sérgio Nascimento (Sérgio Godinho, David Fonseca, Humanos, Deolinda) para servir a voz profunda, envolvente e inconfundível de Maria Antónia Mendes (A Naifa, Señoritas).

Servindo como porta de entrada para a sonoridade do grupo, os dois singles de estreia ‘Corridinho Português’ e ‘Político Antropófago’ desvendam uma identidade sonora e poética devedora da riqueza da música popular e tradicional portuguesa, da acutilância crítica dos seus poetas e cantautores, mas os olhos postos num futuro que exige renovação, intervenção e compromisso com o mundo.

"o Cara de Espelho assim baptizado traz os defeitos dos outros espelhados…."

É o mote de um dos temas, que resume todo o conceito da banda: cada canção é o reflexo das virtudes ou defeitos, das fraquezas, dos pequenos ou grandes poderes, dos tiques, dos vícios, disto que é ser cidadão ou, no sentido lato, do que é ser humano.

Fonte: fnac


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24/03/24

O que ando a ler


Livro: Que luz estarias a ler? 
Ilustração: Ana Biscaia
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 Livro: Dos Abris Pequenos ao Abril Grande
Ilustração: Ana Biscaia
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 Livro: Fecha a Torneira
Escritora: Manuela Vieira 
Ilustração: Paulo Henriques
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23/03/24

Seja bom e faça o bem

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Quando o pássaro está vivo, come formigas. Quando o pássaro está morto, as formigas comem o pássaro. O tempo e as circunstâncias podem mudar a qualquer momento. Não desvalorize ou magoe ninguém na vida. Você pode ser poderoso hoje, mas lembre-se, o tempo é mais poderoso que você! Uma árvore faz um milhão de fósforos. Apenas um fósforo é preciso para queimar um milhão de árvores. Então seja bom e faça o bem.



 

22/03/24

Ser-se velho













Em 1988, Miguel Sousa Tavares perguntou ao professor e filosofo Agostinho da Silva o que era ser-se velho. E este respondeu:

É uma referência ao tempo de trabalho útil da pessoa. Quando se diz que alguma coisa está velha — seja gente, um pano ou uma mesa — estamos a falar do tempo de serviço que ela durou. Porque na nossa cultura temos a mania de que a vida foi feita para trabalhar ou prestar serviço e não de que a vida se fez para se viver.” 


Fonte: Gilberto Santos

08/03/24

Dune - Parte 2


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Sinopse:
Um épico interplanetário onde Timothée Chalamet dá vida ao jovem Paul Atreides, nascido numa sociedade feudal, onde várias casas nobres se digladiam para obter a especiaria melange, a mais preciosa substância encontrada no universo. Esse condimento alucinogénio, que apenas existe no planeta Arrakis – também conhecido como Dune pela sua imponente paisagem desértica –, é usado para estender a vida humana, fazer viagens interestelares e garantir, a quem a possuir, poderes sobre-humanos.

Nesta segunda parte, voltamos a seguir Paul, dado como morto pelos seus inimigos, quando se junta aos Fremen, um grupo de nativos capazes de sobreviver no deserto e aos gigantescos vermes de areia. Paul, que continua a ter visões e sonhos proféticos, vai adoptar o nome Muad'Dib e começar um duro treino para se vingar dos conspiradores que mataram o seu pai e destruíram tudo aquilo que conhecia. Com a ajuda de Stilgar (Javier Bardem) e de Chani (Zendaya), por quem está apaixonado, Paul Atreides torna-se o líder da rebelião que vai enfrentar corajosamente os Harkonnen​.​

Depois de, em 1984, David Lynch ter transformado em filme "Dune", a famosa obra de ficção científica escrita por Frank Herbert (1920-1986), a história foi reinventada em 2021 por Denis Villeneuve, que agora a completa com este filme.

Para além de Chalamet, Zendaya e Bardem, o filme volta a contar com a presença de Rebecca Ferguson, Stellan Skarsgård, Josh Brolin, Dave Bautista, Léa Seydoux, Florence Pugh e Christopher Walken, entre outros. A música é novamente da responsabilidade de Hans Zimmer, autor de algumas das mais icónicas bandas sonoras do cinema. 

Fonte: Jornal PÚBLICO / Portugal

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A espectativa era bastante elevada relativamente ao primeiro filme. Quase três horas de filme, demasiado comprido, partes que não justificavam existirem, para além de nada acrescentar a nível de efeitos especiais. Ficou-se com a sensação da continuidade do filme, mas terá que ser algo mais concreto e espetacular que não encontrei nesta segunda parte. Para além disso tenho de referir o brilhante desempenho de Timothée Chalamet.   


Timothée Chalamet