Estamos a passos largos do final do ano de dois mil e dezoito. O tempo voa no nosso quotidiqno. Ainda à poucos meses um ano terminou, dando lugar a outro que vai passando pelos dias, meses, até dar lugar à mudança de mais uma folha do calendário. E assim, a vida vai correndo de circunstância em circunstância, de obstáculo em obstáculo. De vitórias e fraquezas quanto baste, que nos ensinam a caminhar e a não desistir.
Muitas interrogações na vida, para poucas respostas práticas e convincentes. Tantas desigualdades, tantos problemas na hurbanidade humana que nos rodeia, perante as quais ainda não fomos capazes de solucionar. Mas efectivamente tudo parte de nós, da nossa inflexibilidade em mudar hábitos, tradições e costumes e sobretudo a disciplina de atitudes. Não basta falar-se um pouco por todo o lado na necessidade de criar um homem novo, quando não conseguimos largar a carcaça de homem velho.
Inúmeras questões se levantam constantemente no xadrez da vida. Quanto tempo dedicamos do nosso dia à serenidade, à reflexão, sobretudo reflexão espiritual? Que virtudes nos preenchem as mazelas que teimamos em não deixar por incúria? Que fazemos nós na actualidade para sermos melhores do que ontem? Que atitudes saudáveis acrescentamos aos nossos projectos de vida, para um alcance futuro enriquecedor?
Como está a cultura da nossa simpatia, da nossa cordialidade perante aqueles que esperam de nós uma palavra tranquilizadora e amiga? Como estão os nossos amigos, familiares, conhecidos? Podemos fazer algo de útil para os ajudar, partilhando um pouco do nosso tempo?
Perdemos, naturalmente alguns amigos? E porquê? Não os vemos algum tempo? Sempre o tempo que perdemos em redundâncias, miudezas insignificantes, inutilidades quotidianas que nos atrasam na caminhada do progresso.
E como está a nossa paciência? E a nossa tolerância? E as nossas dores físicas como andam? Que contribuição damos a todos estes aspectos da nossa vida, tendo em conta a prática da caridade ao próximo? O que fazemos nós hoje para sermos cada vez mais esclarecidos amanhã?
E por tudo aqui referido que o maior recurso que dispomos a nosso favor, é o tempo. O tempo na vida física. Avancemos confiantes sem nos determos no passado e sem angústias acerca do futuro. Este, está a ser construído e/ou reconstruido agora, todos os dias.
-Artigo de reflexão com base num escrito de Alcione Peixoto, publicado na Revista Verdade e Luz-Portugal, nº69/Nov/Dec/2016. Caldas da Rainha, Portugal, em 20 Novembro 2018.