31/03/23

Seja Feliz


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A vida é feita de etapas. É como um ciclo, onde tudo acontece. É um turbilhão de emoções, sentimentos, sensações, desejos. Cada fase por qual passamos, nos traz novas descobertas, novas alegrias, novos desafios. E viver cada etapa com todas as energias é o que dá o gosto doce da vida, é o que nos dá a alegria de existir, a vontade de vencer. A parte difícil mesmo, é quando temos que nos despedir de uma fase, dizer adeus a tudo aquilo que passamos. Começa quando deixamos o colo da mãe, e nos aventuramos a descobrir o mundo com nossas próprias pernas. E tudo é sempre novo, cada cheiro, cada textura, cada sensação. A brincadeira de roda, o esconde-esconde, se sujar na lama. Mas então isso já não é mais suficiente. E temos que abandonar a infância, tentar nossa própria liberdade, é a fase da rebeldia. Dói deixar de lado os bonecos, a coleção de carrinhos. Fingir que não se importa mais com os desenhos do canal da manhã, afinal, o que realmente importa é parecer adulto, e mostrar aos adultos que já estamos prontos para enfrentar o mundo, e que sim, eu já tenho 14 anos! Mas então vem a despedida da adolescência, a fase dolorida, que temos que deixar para trás as farras na escola, as tardes sem fazer nada, os beijos escondidos atrás do ginásio, as tentativas de entrar nos clubes noturnos, e partimos para uma vida de responsabilidades. Onde o relógio te cobra a cada minuto, onde há alguém dependendo de você, onde a vida não te trata mais como o filhinho querido da mãe. E mais uma vez você diz tchau - tchau para uma etapa. E você continua. Continua passando por etapas. Muda de emprego, sai da casa dos pais, entra em dieta. Apaixona-se. E continua dizendo adeus ao que vai ficando para trás. Dói, e dói muito. Dói deixar algo que um dia nos fez tão felizes. E a única coisa que você pensa, é que a despedida é algo cruel, é algo que entristece que dá aquele aperto no peito chamado saudade. Saudade do antigo amor, da antiga rua, dos antigos amigos que agora estão longe, saudade de tudo aquilo que um dia foi especial para você, mas que agora fica no passado. Saudade que te faz lembrar das risadas, dos carinhos, dos beijos, dos aromas, dos sabores. É uma saudade que faz com que você se olhe no espelho, e perceba que cresceu. Que amadureceu, e que está pronto para a vida. Dizer adeus dói sim, mas há momentos na vida, em que temos que o dizer, abrir as janelas da alma para o novo, ouvir a melodia que agora nos embala. Perder um emprego é ruim, mas onde se fecha uma porta, abrem-se várias janelas. Mudar de casa é estranho, mas te mostra como tudo pode ser visto de um novo ponto de vista. Desfazer-se de um amor é dolorido, machuca, mas só assim crescemos emocionalmente e conseguimos continuar indo em busca da felicidade. È preciso sabermos quando uma etapa chega ao fim, precisamos saber dizer adeus ao que fica para trás, e sorrir com esperança para o que chega. Para ao fim de tudo, podermos olhar para trás, e dizer que nada foi em vão, e que cada segundo foi especial e eterno...

- Kathlen Heloise Pfiffer -

Seja Feliz


 

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Seja feliz do jeito que você é, não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você, simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver.

- Bob Marley -

Foto do dia

 


17 Janeiro 2021 - Serra do Bouro

30/03/23

Recordar

 





“Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida.

É um arco-íris de sombra, quente e tremulo.

É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. “

António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"


“Vem Devagarinho para a Minha Beira – Voz e Dois Pianos” teve a sua edição e distribuição a 1 de Maio do ano 2020 em pleno período COVID 19. São dois pianos nas mãos de dois pianistas de excelência: João Paulo Esteves da Silva e Filipe Raposo. E a voz de Vitorino.

Nos poemas que cada canção evoca há um despir de preconceitos que permitem que se percorram caminhos que vão desde Mozart a Lupicinio, de Carlos Gardel a Vitorino, de Joni Mitchell a João Paulo Esteves da Silva e de José Afonso a Filipe Raposo.

Assente na simbiose do trabalho a três, na escolha criteriosa e exigente dos poemas e dos poetas portugueses e no trabalho de composição único, este projeto tem como resultado um trabalho inédito, elegante, sóbrio e ao mesmo tempo emotivo, capaz de agarrar quem o ouve e vê, do princípio ao fim.

Fonte: CCC Caldas da Rainha


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Contrariamente ao que se passou no concerto de Jorge Palma no dia 26 de Maio, o publico presente foi cumpridor relativamente ao uso do telemóvel. Auditório quase esgotado, é revelador de que estamos de uma maneira geral com vontade de assistir a atividades culturais, apesar das normas restritivas da Direção Geral de Saúde por conta do Covid.
Excelente espetáculo em que o piano foi rei. Maravilhoso! Vitorino, sempre aquela figura incontornável que marca a sua geração como um dos mais importantes cantores de causas. Alentejano de gema, a sua voz inconfundível de várias gerações. É pena que não tivessem presentes mais jovens no auditório. A sua postura em palco foi intimista quanto baste para fazer deste espetáculo, mais um marco que ficará na memória de quem assistiu.
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Concerto em 9 de Junho de 2021


   

Olhar



Olhar

Existe algo mais, para além do meu horizonte que ainda não compreendo. Aceitá-lo é um desafio. Olhar, é interpretar-lhe os sentidos...

@ João Eduardo