30/03/23

Recordar

 





“Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida.

É um arco-íris de sombra, quente e tremulo.

É um copo de vinho com o meu sangue e o sol. “

António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"


“Vem Devagarinho para a Minha Beira – Voz e Dois Pianos” teve a sua edição e distribuição a 1 de Maio do ano 2020 em pleno período COVID 19. São dois pianos nas mãos de dois pianistas de excelência: João Paulo Esteves da Silva e Filipe Raposo. E a voz de Vitorino.

Nos poemas que cada canção evoca há um despir de preconceitos que permitem que se percorram caminhos que vão desde Mozart a Lupicinio, de Carlos Gardel a Vitorino, de Joni Mitchell a João Paulo Esteves da Silva e de José Afonso a Filipe Raposo.

Assente na simbiose do trabalho a três, na escolha criteriosa e exigente dos poemas e dos poetas portugueses e no trabalho de composição único, este projeto tem como resultado um trabalho inédito, elegante, sóbrio e ao mesmo tempo emotivo, capaz de agarrar quem o ouve e vê, do princípio ao fim.

Fonte: CCC Caldas da Rainha


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Contrariamente ao que se passou no concerto de Jorge Palma no dia 26 de Maio, o publico presente foi cumpridor relativamente ao uso do telemóvel. Auditório quase esgotado, é revelador de que estamos de uma maneira geral com vontade de assistir a atividades culturais, apesar das normas restritivas da Direção Geral de Saúde por conta do Covid.
Excelente espetáculo em que o piano foi rei. Maravilhoso! Vitorino, sempre aquela figura incontornável que marca a sua geração como um dos mais importantes cantores de causas. Alentejano de gema, a sua voz inconfundível de várias gerações. É pena que não tivessem presentes mais jovens no auditório. A sua postura em palco foi intimista quanto baste para fazer deste espetáculo, mais um marco que ficará na memória de quem assistiu.
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Concerto em 9 de Junho de 2021


   

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