Vem viver comigo e sê o meu Amor,
Todos os prazeres teremos ao dispor,
Os que vales, colinas e campos nos dão,
E as montanhas rochosas sem excepção.
Lá nos rochedos a gente depois se senta,
Enquanto o pastor o rebanho apascenta
Junto de os ribeiros ao som dos quais,
Melodiosas aves cantam madrigais.
E hei-de arranjar-te canteiros de rosas,
Milhares de ramos de flores olorosas,
Uma touca de flores e mais uma saia,
Com folhas de mirto toda à volta bordada.
De a mais pura lã far-se-á um vestido,
Com o fio dos nossos cordeirinhos tecido;
E para o frio, uns sapatos bem forrados,
Com fivelas do mais puro ouro adornados.
Um cinto de palhinha e rebentos de hera,
Com fivelas de coral e botões de âmbar;
E se cada prazer de teu agrado for,
Vem viver comigo e ser o meu Amor.
Cantando e dançando, pastores hás-de ter
Nas manhãs de Maio, para o teu prazer:
Se a isto tua alma não se vai opor,
Então vive comigo e sê o meu Amor.
in Os dias do Amor
Christopher Marlowe
(England 1564-1593)
Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens » Fernando Pessoa «
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