Com assinatura de Maria Mire, este documentário tem como ponto de partida a obra “Memórias de Uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal”, de Margarida Tengarrinha (1928-2023) que, durante o regime salazarista, se tornou falsificadora de documentos por motivos de militância política e que, por causa disso viveu anos na clandestinidade.
A acção é transposta para os nossos dias e, apesar de a “voz-off” referir xilogravuras, materiais de fotografia ou selos brancos, vemos os actores a usar computadores, discos rígidos ou passaportes electrónicos. Esse anacronismo tem uma função específica: transportar a dimensão política da clandestinidade das décadas de 1950 e 1960 para um possível equivalente contemporâneo.
“O interesse na realização deste filme prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a acção das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana”, afirma a realizadora.
Fonte: Cinecartaz PÚBLICO
( 10 Abril no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.)
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