balaou, é um filme de Gonçalo Tocha. Inverno na aldeia, propício para estar debaixo dos cobertores, no quentinho e aproveitar para ver alguns filmes e ler alguma coisa que se amontoou na mezinha de cabeceira. Este é um filme sobretudo que fala do mar, das suas gentes. Mar de S.Miguel, Açores.
"Faz agora sete meses que a Blé, a minha mãe, morreu. Estou em frente do mar de S.Miguel, Açores, a terra da família distante. Encontro a tia-avó Maria do Rosário, 91 anos, à procura do seu momento para partir. Fala-me de Deus. À sua volta, os bebés nascem. Todos passam pelo mar da ilha, negro, vulcânico. É aqui que encontro a Florence e o Beru, um casal francês que todos os anos cruza o Atlântico no Balaou, um barco à vela. Convidam-me a continuar a viagem com eles. Mando fora o bilhete de avião e faço-me ao mar alto.”
balaou está dividido em três momentos e oito lições, balaou é uma viagem para aceitar o esquecimento das coisas.
É preciso estar atento e perceber como estes filmes não sendo comuns, são obras de autor com a sua visão sobre as coisas da vida, essas que estão à nossa volta mas que esquecemos rapidamente. Este filme é uma memória do passado para as gerações do futuro. Quando verem este filme já as suas águas se perderam em praias ou contra rochas algures no planeta.
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