10/08/24

Quem dá nabos, recebe nabos…

 


Quem dá nabos, recebe nabos…

Diariamente, na hora do almoço, pelas 13h00, rotineiramente, passo pela praça da fruta, para recolher, produtos hortícolas e frutas, oferecidos pelos vendedores deste mercado para confeção do almoço, no refeitório de “De Volta a Casa – Missão”. Um dos empregados de uma das bancas, em tom sarcástico, tem dito em várias ocasiões: - Quim! Queres estas hortaliças, isto ou aquilo… Olhando os alimentos deteriorados, próprios para consumo de animais, ou nem para estes, respondi-lhe se os alimentos estão em condições de se dar às pessoas que procuram uma refeição para mitigar a fome? Se fosses lá comer, gostavas que te dessem esses alimentos? Um dia destes quis oferecer uma caixa de nabos, já velhos. De novo, em tom sarcástico, disse: - Quim! Queres levar essa caixa de nabos? Estão ótimos para dares lá! Enquanto ele estava de costas e distraído, eu, com algum à-vontade, agarrei num nabo e coloquei-o no capuz dele, de imediato respondi-lhe: Quem dá nabos, recebe nabos; quem dá amor, recebe amor; quem age com ódio, recebe ódio…, Olhando-me, respondeu-me: Estás muito poeta!…  

Um ato generoso é retribuído com outro ato generoso

Encontrava-me numa das caixas, no supermercado, para fazer o pagamento das minhas compras. Estando duas pessoas à minha frente. Numa outra caixa estava uma senhora idosa, apoiada na sua bengala, tendo à sua frente algumas pessoas. Chamei-a, e disse-lhe: passe à minha frente! A senhora tem prioridade! Pedindo a quem estava atrás de mim, se não se importavam de dar a vez a essa senhora. Devagarinho dirigiu-se, então, para tomar o lugar. Quando essa senhora estava para fazer o pagamento, não estando eu à espera de alguma retribuição, agradeceu e tirou da sua carteira dinheiro. – Isto é para si, para ajudar, sei o trabalho que faz em prol dos mais necessitados – disse sorrindo a benemérita idosa. Estes são gestos que nos enchem. 

O bem é o sol que ilumina o coração e a senda de quem o pratica. Quem vive o mal compara-se aos planetas errantes perdidos na infinidade da escuridão e vazio.  

Um abraço para todos

9 agosto 2024









Joaquim Sá 


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