Em 19 de Novembro 2024 pelas 21h30, realizou-se na sala estúdio mais uma sessão Diga 33 - Poesia no Teatro, no Teatro da Rainha/Caldas da Rainha, dirigido por Henrique Manuel Bento Fialho com o convidado Sandro William Junqueira.
Sobre este evento, transcrevo o conteúdo deste evento publicado na página do Facebook do ARRE - Teatro da Rainha:
Inesperadamente ou talvez previsivelmente, o tema da família voltou a ocupar o espaço mediático português. Tanto o ataque cerrado à disciplina de Cidadania como a polémica publicação do livro “Identidade e Família” desenterram um discurso conservador sobre o papel da mulher na sociedade, reactivando o discurso sobre a crise da família dita conservadora, oposta aos novos modelos familiares que libertaram a instituição familiar da sua vocação económica vinculada pela sobrevivência, pela reprodução e pela transmissão dos bens.
A mais recente produção do Teatro da Rainha, “Na República da Felicidade”, de Martin Crimp, é um tríptico cuja primeira parte tem o sugestivo título “Destruição da Família”, sendo aí visível o carácter disruptivo da família numa excêntrica ceia de Natal que coloca a nu a fragilidade dos elos que ligam três gerações. Entre nós, o escritor Sandro William Junqueira é, talvez, quem melhor tem sabido explorar o território familiar em narrativas que, misturando factos com ficção, levam ao questionamento da família enquanto lugar problemático, sendo disso exemplo livros tais como o romance “A Sangrada Família” (2021) ou o mais recente “Emídio e Ermelinda” (2024). É ele o próximo convidado de Diga 33 – Poesia no Teatro.
Sandro William Junqueira (Umtali, Rodésia, 1974) vive em Portugal desde 1976. Foi designer gráfico, experimentou a música, escultura, pintura. Em 1999, com Paulo Quaresma, fundou o grupo de teatro A Gaveta. Diz poesia e trabalha regularmente em teatro, como actor, encenador, professor de expressão dramática. A partir de 2002, publicou com regularidade poesia e contos em revistas e fanzines. Regularmente convidado a dizer poesia em recitais, iniciou em 2007 um trabalho em escolas e bibliotecas com a criação e interpretação de diversos ateliers e espectáculos vocacionados para a promoção do livro e da leitura. Estreou-se em livro com o romance “O Caderno de Algoz” (Caminho, 2009), ao qual se seguiram vários romances, livros para a infância e peças de teatro. Em 2019 venceu o Prémio Autor da SPA para Melhor Livro Infanto-Juvenil com “As Palavras que Fugiram do Dicionário”. É director do «PANOS – palcos novos palavras novas» do Teatro Nacional D. Maria II. Entre as peças de teatro que escreveu contam-se “Os Anjos não Tossem Assim”, o projecto “Medronho”, “O Que Vamos Fazer com a Revolta”, “AntiAquário” e “Batalha”.
Dia 19 de Novembro, pelas 21h30, recebemos Sandro William Junqueira para mais um encontro de Diga 33 – Poesia no Teatro, o penúltimo do ano corrente. Com o Autor de “A Sangrada Família” falaremos sobre o papel que a família desempenha na sua obra, percorreremos o percurso do autor lendo excertos dos seus livros e trilhando as fases de um percurso rico em aventuras que também passaram pelas Caldas da Rainha.
No final brindaremos com medronho.
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E no final foi mesmo servido essa bebida tão portuguesa, o medronho. Mais uma vez o Diga 33 agraciou um belo serão literário, onde ficamos a conhecer um pouco do escritor Sandro William Sequeira, que para mim foi uma novidade.
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Henrique Manuel Bento Fialho lê a história de vida do convidado, Sandro William Junqueira
Sandro William Junqueira
O vídeo e as fotos são de Margarida Araújo / Facebook
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