10/04/25

Frágil como Origami


 


Frágil Como Origami de Raphael T. A. Santos
Editor: Cordel D' Prata ; Edição: janeiro de 2024

Sinopse

Frágil como Origami é um romance que explora a vida de Hena, que se encontra perdido na sua própria solidão. Quando o seu melhor amigo pede que compareça ao velório de seu pai, Hena é forçado a enfrentar suas próprias angústias e, ao fazê-lo, é levado numa jornada inesperada.

De volta a São Paulo, enreda-se em lembranças de sua infância e adolescência, lutando contra os fantasmas que o assombram diariamente. Confrontado com a morte de seus pais, o desafeto da família e sua própria sexualidade, caminha sem rumo pelos locais que costumava frequentar, buscando uma resposta para os inquietantes sentimentos que o cercam.

Com uma narrativa envolvente, este romance de formação convida os leitores a caminhar ao lado de Hena em sua jornada pessoal e a descobrir, com ele, o que é necessário para encontrar a salvação em tempos difíceis. Uma leitura emocionante e inesquecível que trata de temas universais como solidão, conexão humana e superação.

Fonte de texto: Bertrand

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Citações

“As memórias são como fantasmas, reflexos de um espelho que há muito deixou de reproduzir o mundo como é”

“José, ou Zeca… era um dos raros casos de amizades que… aparentavam ainda aprisionar um laço de nostalgia”

“Pela primeira vez entendi que minha aproximação era mais do que atração sexual, a companhia era essencial”

“Foi também nessa casa que tive a minha primeira experiência com outro menino, o filho da empregada”

O que você pode esperar desta leitura

+ Um incidente que muda tudo

+ O valor das amizades

+ Sobre as reviravoltas da vida

+ Livro New Adult

+ Um romance de formação tardia

+ Amor lgbt Slowburn

+ Descoberta do amadurecimento

+ Impossível parar de ler

O protagonista, Hena, vive imerso em sua própria solidão, afastado tanto física quanto emocionalmente daqueles ao seu redor. Ao ser chamado para comparecer ao velório do pai de seu melhor amigo, ele se vê obrigado a confrontar suas angústias mais profundas e encarar fantasmas do passado que há muito tenta evitar. Essa jornada o leva de volta a São Paulo, onde as memórias de sua infância e adolescência emergem com força, desafiando-o a lidar com a perda dos pais, o distanciamento familiar e as complexidades de sua sexualidade.

Enquanto percorre os lugares que marcaram sua vida, Hena busca desesperadamente por respostas para os sentimentos que o envolvem, questionando sua identidade e tentando entender sua própria história. No caminho, ele estabelece breves conexões com outras pessoas: um amigo de longa data, uma antiga paixão e estranhos que cruzam seu caminho, oferecendo vislumbres de consolo em meio à sua dor.

A narrativa de Frágil como Origami é construída com sutileza e profundidade, entrelaçando descrições intimistas com diálogos autênticos que dão vida a um elenco de personagens inesquecíveis. À medida que Hena explora sua relação com o passado e o presente, temas como o isolamento, a busca por pertencimento, o impacto do luto e a reconciliação com a própria identidade são abordados com sensibilidade.

Assim como Daniel Galera em Barba Ensopada de Sangue, Frágil como Origami também reflete sobre a construção da identidade, as dificuldades de conexão humana e a violência emocional que pode surgir dentro de uma vida aparentemente comum. A obra de Hena é uma reflexão profunda sobre o processo de autoaceitação e os desafios de encontrar sentido e redenção em meio às perdas e às dores da vida.

Fonte do texto: Escrita Selvagem

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Quase que me apetecia opinar que este livro será mais tarde ou mais cedo reduzido a pó, pela nova onda determinista de um extrema direita renascente no Planeta, semeador de conceitos caducos como uma nova ordem mundial dos bons costumes. Quando esses ditos bons costumes nos aniquilam a liberdade, então temos mais um universo de anos para conquistar tudo aquilo que se perdeu e que motivou a luta dos nossos antepassados pela Liberdade e Democracia. A par deste desabafo, o livro semeia poesia de sentimentos e não se fica indiferente. Só a leitura atenta pode exprimir em cada um dos leitores a sua observação e opinião sincera. Por mim, prefiro o silêncio! Ele, trouxe-me fantasmas do passado não totalmente enterrados. Para além da nostalgia que a leitura me provocou, é com certeza um dos melhores livros que li até hoje. Felicidade em encontrar quem sabe escrever e usar as palavras nos sítios certos e imaginarmo-nos nesses lugares que não conhecemos.

João Eduardo 

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