01/06/25

Visita Cultural


Centro de interpretação barro de Mafra
Desde sempre que a olaria acompanhou o quotidiano dos homens, desde a pré-história até hoje. Inicialmente era loiça utilitária constituída basicamente por recipientes para alimentos. Em Mafra, a história da olaria e da cerâmica teve um incremento especial provocado pela construção do convento e pelas encomendas de cerâmica do Rei D. João V para as centenas de frades que viviam no convento. Após a extinção das ordens religiosas, já Mafra se tinha afirmado como centro produtor de barros e a produção alargou-se também para peças decorativas. No Centro de Interpretação podemos reconhecer a evolução da olaria e os nomes e as peças dos grandes mestres oleiros da região. 
















Palácio Nacional de Mafra
O Rei D. João V casou em 1707 com Ana Maria de Áustria e, passados dois anos ainda não havia descendentes. Fez então a promessa de construir um Convento se a Rainha engravidasse, o que aconteceu no ano seguinte. Inicialmente estava previsto construir um pequeno Convento para 13 frades, mas com a descoberta do ouro no Brasil, Portugal passou a receber anualmente muitas toneladas de ouro, o que permitiu realizar esta obra megalómana. Um grande Convento com capacidade para 300 monges e que se situa na parte anterior, em redor do grande Claustro do Bucho; Um Basílica (única em Portugal, pois usa o direito de Basílica que o Papa concedeu à Capela Real do Paço de Lisboa) com duas torres sineiras e cúpula central, sendo a Basílica adornada com a maior coleção de imagens barrocas de mármore produzidas em Itália; Um Palácio Real com três pisos (que é o maior de Portugal e um dos maiores da Europa) e que na realidade são dois palácios (cada um no torreão), com cozinhas independentes e instalações para o Rei/Rainha no 3ºpiso, nobres camareiros no segundo piso e criados no sótão, ligados pela grande galeria que os une, ao longo da fachada central do edifício; Uma grande biblioteca que é a maior da Europa daquele tempo, numa única sala e que organiza por temas os seus mais de 36000 livros; Nas duas torres da Basílica está o maior carrilhão desta época em todo o mundo, com 92 sinos. A Basílica e o convento são dedicados a Nossa Senhora e a Santo António.
 























































Aldeia Típica José Franco
José Franco foi um dos últimos mestres de olaria de Mafra, para além de peças utilitárias e decorativas, muito cedo demonstrou as suas capacidades para moldar o barro e produziu figuras de santos e outras que se tornaram muito conhecidas, homem de muitos saberes, não se ficou só pelo barro e desde cedo participou nas organizações politicas e sociais da sua terra e se entregou à divulgação dos usos e costumes saloios. Concebeu e criou na sua propriedade a aldeia típica, onde se mostram as casas, as atividades e os utensílios rurais. Hoje é um museu a céu aberto onde se divulgam a forma de vida, usos, costumes e também os produtos da região saloia.




Museu Arqueológico S. Miguel de Odrinhas
Este museu foi construído em 1955 pelo Estado Novo para exibir peças romanas que já se encontravam expostas desde o Século 16 na velha Ermida de S. Miguel de Odrinhas, que se encontra junto às ruinas de uma Villa Romana, que também se pode visitar. A este primeiro núcleo de peças juntaram-se outras dispersas no concelho de Sintra. Em 1999 foi muito ampliado o edifício original e hoje exibe não apenas vestígios romanos, mas também desde a pré-história até aos nossos dias, todas recolhidas nas escavações realizadas ao longo do concelho de Sintra. A primeira sala exibe um grande conjunto de templos funerários romanos, onde se explica a forma como os Romanos guardavam e expunham as cinzas dos seus antepassados, pois faziam a cremação dos seus corpos e só guardavam as cinzas. Na exposição "Livro de Pedra" podemos ver como mudaram os hábitos ao longo dos séculos e como, após o fim da ocupação romana, se abandonou o costume da cremação e se voltou ao enterramento dos corpos. Esta exposição leva-nos a percorrer a história do ser humano ao longo das épocas, desde a pré-história até aos nossos dias.


































Texto de Cipriano F. Simão

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Visita Cultural realizada em 31 maio 2025

 

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