O projecto custou 120 milhões de dólares, que o próprio Francis Ford Coppola financiou perante as sucessivas rejeições dos estúdios, depois de ter vendido uma parte das suas vinhas. Dura duas horas e 13 minutos (sem os créditos) e desvela-se como um épico: o conflito, numa Nova Iorque destruída, entre Cesar Catilina, um arquitecto individualista, e o corrupto Franklyn Cicero, o presidente da câmara de Nova Iorque. Ambos lutam pela reconstrução da cidade: de um lado, o idealismo e a utopia; do outro, a corrupção.
Não é por acaso que, através dos nomes, a queda de Nova Iorque surge associada à queda do Império Romano. O filme é então uma fábula sobre o narcisismo e a ambição, sobre a vertigem que se apodera do espírito humano.
Apresentado no Festival de Cinema de Cannes (onde Coppola arrecadou a Palma de Ouro de 1979 com Apocalypse Now), Megalopolis conta com elenco de luxo, em que se incluem Adam Driver, Giancarlo Esposito, Dustin Hoffman, Shia LaBeouf, Laurence Fishburne, Jon Voight, Nathalie Emmanuel ou Talia Shire (irmã do realizador).
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Cem anos de cinema, séculos de arte, sintetizados num filme que é um gesto torrencial, orgulhosamente irredutível, de amor ao cinema. É uma aldeia gaulesa, um diálogo socrático, uma primeira vez.
Jorge Mourinha
Fonte: Cinecartaz
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Puramente Americano, pressupostamente fonte de todos os problemas do mundo.
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