24/11/25

Ainda Auschwitz...

 

Quando os soldados soviéticos entraram nas ruínas de Auschwitz, no meio de uma imensidão de objetos arrancados dos prisioneiros, uma cena impossível de esquecer se apresentou diante deles. Uma enfermeira encontrou uma pilha de pequenos sapatos e, logo ao lado, o corpo de uma menina que havia morrido recentemente, talvez apenas algumas horas antes. Ela não tinha nome, não havia ninguém ao seu lado. Mas havia um detalhe que falava por ela: seu cabelo estava cuidadosamente trançado, limpo, impecável, como se sua mãe o tivesse penteado naquela manhã. "Alguém a amou até o fim", murmurou a enfermeira, enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Uma das tranças foi preservada. Frágil, mas ainda intacta, ela agora está guardada no Memorial de Auschwitz-Birkenau, um testemunho silencioso deste fato perturbador: mesmo diante da crueldade mais extrema, o amor de uma mãe permanece inquebrantável. Não é apenas uma mecha de cabelo. É um testemunho. Uma vida que o ódio tentou apagar, mas que continua a falar de ternura, dignidade e memória.

Fonte: História Perdida / Facebook


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